A internet vai mudar a cara da mídia. E dos jornalistas
“Um fórum criado por jornalistas e profissionais da internet para debater os rumos de suas atividades e as tendências da informação no mundo digital”. Foi com esta auto definição que os organizadores do MediaOn caracterizaram o 1º Seminário Internacional de Jornalismo Online, que aconteceu em São Paulo, do dia 12 a 14 deste mês, no Itaú Cultural, na Avenida Paulista.
Na visão dos estudiosos e profissionais de jornalismo online que estavam presentes no fórum, qualquer pessoa munida de um aparato tecnológico (câmeras, celulares, filmadoras etc.) pode se tornar um provedor de informação. Prova disto, é a explosão de sites como o YouTube, além de blogs, fotoblogs e podcasts que, cada vez mais, começam a gerar “conteúdo jornalístico”. Então a profissão de jornalista irá acabar, certo? Isto eles não souberam explicar, porém afirmaram que a credibilidade da informação fornecida pelos novos “profissionais” é discutível.
Para Rosental Calmon, que leciona o curso de jornalismo online na Universidade do Texas, EUA, as novas ferramentas digitais não devem ser encaradas como uma ameaça à mídia tradicional. Ele afirma que o jornalista ainda possui a “missão de dar sentido às informações”, uma vez que esse novo conteúdo é criado, em sua maioria, por amadores.
Os representantes das mídias tradicionais, como os portais Terra, UOL, IG, além das emissoras CNN, BBC, France 24 e o jornal The New York Times mostraram algumas de suas armas para se adaptarem aos novos consumidores de informação, como criar comunidades virtuais e dar espaço para que os “usuários” publiquem vídeos, comentários e troquem informações com outros leitores.
De fato, a internet está mudando a cara da mídia e, com isso, para os novos jornalista não bastará apenas produzir a informação. Em breve, os novos comunicólogos deverão além de produzir, saber trabalhar com edição de vídeo, som, imagem e estar “antenado” à todo e qualquer tipo de inovação digital.
O MediaOn foi um evento gratuito e aberto ao público. Pra quem perdeu, vai a dica: todo o conteúdo do seminário foi transmitido ao vivo pelo portal Terra, e está disponível na íntegra no TerraTV.